Início do conteúdo

Resumos e Apresentações


Conferencia de abertura: Colecções e dispersão

 

João Luiz Lisboa
Universidade Nova de Lisboa

Currículo
Apresentação

 

 

 

Resumo: Falar de colecções, públicas ou privadas é, frequentemente, falar dos perfis das pessoas ou das instituições que as constituíram e mantiveram. Tais perfis fogem, normalmente, às perguntas que a curiosidade levanta, desde logo porque as colecções são sempre processos onde se agrupam e desagrupam objectos, ao longo de períodos mais ou menos longos. Não é neste quadro que existe diferença entre indivíduo e instituição. A instituição colecciona, como o indivíduo, e molda a sua personalidade de coleccionadora de acordo com muitos factores, quem as vai dirigindo, os seus meios e as suas missões, a flutuação dos interesses dos seus públicos. Por isso, se é clara a distinção entre a biblioteca virtual completa e pública de um determinado espaço cultural, a que normalmente as Bibliotecas Nacionais aspiram, e hoje também missão de grandes acervos digitais, por um lado, e a lógica privada do coleccionador individual, por outro, essa distinção é feita de outras distinções, onde os vários perfis de coleccionador se complementam. Pretende-se, nesta intervenção, discutir algumas dessas distinções a partir de alguns exemplos de bibliotecas onde a tendência não é apenas a de convergência, em fundos públicos, mas também a da dispersão, constituindo, desfazendo e reconstituindo séries, em processos por vezes desarticulados. Nestes processos, o interesse não consiste apenas em recuperar livros, mas também dar conta de colecções e coleccionadores, mesmo que entretanto perdidos.

 

 

Palestra: As Bibliotecas Particulares e suas implicações: da doação ao tratamento técnico e do conceito ao objeto
 

Fabiano Cataldo de Azevedo
UNIRIO / IFLA 

Currículo
Apresentação
 

Resumo: Essa palestra pretende colaborar para problematizar o tema principal desde Encontro e apresentar linhas de reflexões acerca das Bibliotecas Particulares, algumas delas que serão discutidas durante o evento. Nosso foco, porém, reside num percurso: a partir da doação, quais os cuidados que essas coleções merecem da organização física a organização do conhecimento passando, pelos metadados. No entanto, como tratar desses procedimentos sem a base propedêutica. Por isso, recorreremos a princípios elementares da Biblioteconomia que infelizmente jazem esquecidos porque acreditaram que a tecnologia daria conta de tudo, mas nos esquecemos que ainda somos nós quem diz o que a "máquina" deve ou não fazer.

 

 

 

 

Palestra: O processo de institucionalização da Biblioteca do médico Antônio Fernandes Figueira
 

Maria Claudia Santiago
FIOCRUZ/ICICT 

Currículo
Apresentação

Modelo de Contrato de Doação

 

Resumo: Pretende-se nesta apresentação expor o processo de aquisição, do recebimento à institucionalização, da biblioteca particular do médico-pediatra Antônio Fernandes Figueira (1863-1928), que nomeia um dos institutos da Fiocruz.
A abordagem desta exposição será dedicada a evidenciar o andamento das etapas que foram desenvolvidas desde a aproximação com os doadores, registro de todo o processo de doação, formulação de instrumentos legais, peculiaridades que envolveram o conhecimento sobre este acervo até o estabelecimento de métodos para institucionalização da coleção.
Para esta biblioteca particular, elaborou-se um projeto que visa tratar tecnicamente a coleção e prepará-la para o acesso de seus itens à pesquisa. Ainda fazendo da experiência conferida a este processo de trabalho o desenvolvimento de metodologia a ser inserida junto à política de desenvolvimento de coleções especiais, incluindo rotinas e técnicas voltadas para este tipo de acervo.

 

 

 

Mesa redonda 1
Doação e captação de Coleções Bibliográficas para Instituições Públicas: fluxos, ações e implicações legais

 

Esta mesa tem como proposta debater o processo que envolve a captação coleções bibliográficas particulares para acervos públicos e apresentar procedimentos possíveis de serem adotados no processo de recebimento de doações de acervos particulares.
 

Coordenador da mesa: Tarcila Peruzzo -- Instituição: FIOCRUZ /ICICT

Debatedoras:


Luciana Maria Napoleone
TRF3
Currículo
Apresentação

 

 

Maria Lucia Beffa
USP
Currículo

Apresentação

 

 

 

Apresentação Mesa 1: Doação de acervos bibliográficos para entidades da Administração Pública: Um panorama acerca do instituto jurídico da doação

 

Fellipe Mose Ferreira
Procuradoria Fiocruz

Currículo

 

 

Resumo: (em construção)

 

 

Apresentação Mesa 1: Do privado ao público: analisando a formação e o desenvolvimento de coleções da Fundação Biblioteca Nacional
 

Rosângela Von Helde
Fundação Biblioteca Nacional e
Associação Brasileira de Farmacêuticos
Currículo
Apresentação

 

Resumo: O acervo da Biblioteca Nacional brasileira teve início em terras lusitanas, oriunda da Biblioteca Real portuguesa.  A Biblioteca que chega na Baía de Guanabara se constituía num repositório do saber universal, em diversos suportes, como manuscritos, livros, desenhos, mapas, etc.  A estas coleções ao longo dos anos foram, e ainda são incorporadas outras tantas, cada uma com sua característica intrínseca, que revelam gostos e interesses particulares de seus colecionadores, onde cada objeto de uma coleção traz em si sua própria história: razões e tempo se entrecruzam. Juntos compõem o porquê da escolha, o momento escolhido para cada seleção.  Além das doações espontâneas, a Biblioteca Nacional recebe acervos através do dispositivo de Depósito Legal, criado para assegurar a coleta, a guarda e a difusão da produção intelectual brasileira, visando à preservação e formação da Coleção Memória Nacional, incluindo obras de natureza bibliográfica (Lei nº 10.994, de 14/12/2004) e musical (Lei nº12.192, de 14/01/2010), outra forma de entrada de acervo é através dos registros do Escritório de Direitos Autorais - EDA, que também recebe o "depósito legal" (Lei nº º 9.610, de 19 de fevereiro de 1998) das obras registradas, contribuindo para a guarda e a difusão da produção intelectual brasileira, missão principal da Fundação Biblioteca Nacional.

 

 

Apresentação Mesa 1: O Projeto Memorial do Livro Moronguêtá e a salvaguarda da memória  paraoara
 

Elisângela Silva da Costa
Projeto Memorial do Livro Moronguetá/PROINTER/UFPA

Currículo
Apresentação 

 

 

ResumoEsta comunicação tem o propósito de relatar a experiência do Memorial Do Livro Moronguêtá, projeto subordinado à Pró-Reitoria de Relações Internacionais da Universidade Federal do Pará que foi criado com o objetivo de salvaguardar a cultura paraense por meio da coleta, guarda, acesso e divulgação de materiais bibliográficos e objetos pessoais que pertenceram a eminentes intelectuais paraenses ou que desempenharam atividades de destaque no Estado do Pará. O termo Moronguêtá é oriundo da língua indígena Nheengatu, e significa: boas notícias, falar de coisas boas, belas palavras etc. Este nome foi adotado por considerar que o fato de você informar a um pesquisador que encontrou um material que há tempos ele procurava é uma boa notícia, ou seja, uma moronguêtá

 

 

Palestra: As marcas extrínsecas nas Bibliotecas Particulares: o caso das dedicatórias
 

Stefanie Cavalcanti Freire
UNIRIO 

Currículo
Apresentação

 

Resumo: Neste estudo buscamos analisar alguns aspectos da prática do oferecimento e a representatividade das dedicatórias ao longo da história do livro. Um dos nossos principais objetivos é mostrar as potencialidades do estudo e da utilização das bibliotecas particulares e das dedicatórias manuscritas como ferramentas capazes de mapear a rede de sociabilidade de seus proprietários. Apresentar as características da coleção de Manuel Bandeira e evidenciar as escolhas e o universo intelectual do poeta

 

 

Mesa redonda 2: Bibliotecas Particulares e Arquivos Pessoais
 

A institucionalização de arquivos pessoais é um processo complexo e pressupõe critérios e políticas de aquisição que contemplem os perfis, bem como as áreas de atuação e interesses da instituição. É relativamente comum uma instituição receber um arquivo pessoal com documentos de diversas naturezas, acumulados pela pessoa e que fazem parte de seu acervo. São recebidos documentos em papel, o mais usual, mas também documentos iconográficos, cartográficos, sonoros, além de documentos bibliográficos e objetos. A mesa pretende apresentar experiências institucionais de acervos bibliográficos que compõe os arquivos pessoais, sua forma de institucionalização, tratamento técnico e preservação, refletindo sobre potencialidades de uso.

 

Coordenador da mesa: Fábio Marques -- InstituiçãoFIOCRUZ

Ana Maria de Almeida Camargo
USP

Currículo

 

 

 

 

Apresentação Mesa redonda 2: Arquivos pessoais, acervos bibliográficos e objetos: uma integração necessária
 

Maria Celina Soares de Mello e Silva
MAST

Currículo
Apresentação

 

 

Resumo: Os arquivos pessoais de cientistas adquiridos pelo MAST apresentam uma grande diversidade de tipologias, suportes, dimensões e gêneros. Independente da natureza, são considerados documentos de arquivo, na medida em que são produzidos pelas atividades desempenhadas pelos produtores do arquivo. Comumente chegam arquivos com documentos arquivísticos e bibliográficos, bem como objetos. O MAST definiu o tratamento e a guarda desses documentos para melhor preservar.

 

 

 

Apresentação Mesa redonda 2: Arquivos pessoais e bibliotecas de cientistas: notas para o debate
 

Paulo Roberto Elian dos Santos
FIOCRUZ/COC

Currículo

 

 

Resumo: Aborda a importância de políticas e linhas de acervo para a atuação de instituições de custódia e analisa aspectos do processo de aquisição e tratamento de acervos pessoais de cientistas, a luz de alguns estudos de caso. 

 

 

 

 

Apresentação Mesa redonda 2: Os arquivos pessoais e a sua singularidade

Lúcia Maria Velloso de Oliveira
Fundação Casa de Rui Barbosa

Currículo

 

Resumo: Os documentos de arquivo são únicos em sua gênese, por consequência os arquivos possuem características muito próprias que os distinguem dos documentos de biblioteca e de museu. A singularidade fica mais evidente nos arquivos pessoais devido a marca da individualidade e da intimidade. No decorrer do processo de produção desses arquivos algumas apropriações de publicações e objetos introduzem no cenário arquivístico a possibilidade de diálogo com a Biblioteconomia e a Museologia considerando o processo de acumulação do produtor e o acesso ao seu acervo.

 

 

Mesa redonda 3: O Colecionismo e as Instituições Públicas
 

O livro está inserido dentro de um contexto de cultura material, da mesma forma que a prática do colecionismo. A aproximação entre coleções de acervos bibliográficos e o colecionismo, historicamente concebido na museologia, são de extrema relevância para uma política de formação e desenvolvimento de coleções. Esta mesa vislumbra estabelecer uma reflexão sobre a incorporação de uma biblioteca particular em um acervo institucional que está continuamente em desenvolvimento. Além de perpassar pela experiência da museologia na área de desenvolvimento de coleções considerando o recebimento e incorporação de acervos privados.
 

Coordenador da mesa: Fátima Duarte -- Instituição: FIOCRUZ/ ICICT

Debatedor da mesa: Simone da Rocha Weitzel
UNIRIO

Currículo

 

 

 

 

Apresentação Mesa redonda 3: O Nummus e o processo de institucionalização de coleções particulares

Ivan Coelho de Sá  
UNIRIO

Currículo
Apresentação

 

Resumo: O Núcleo de Memória da Museologia no Brasil - NUMMUS foi criado em maio de 2005, com a finalidade de suprir uma lacuna em termos de um espaço institucional para pesquisa e preservação da história e da memória da Museologia. A história e a memória da Museologia não poderiam continuar no esquecimento e sua recuperação deveria ser pautada pela pesquisa, sobretudo de fontes primárias. Sendo assim, tornou-se premente a necessidade de criação de um núcleo que pudesse reunir acervos referentes à história, não somente dos seus primórdios, mas também relativa ao desenvolvimento do campo e, consequentemente, da memória e da identidade da classe museológica. Partindo desse pressuposto, pretendemos apresentar o NUMMUS numa perspectiva de centro de referência de história e memória da Museologia, cujo processo de formação do seu acervo fundamenta-se essencialmente na coleta de coleções particulares, sejam itens bibliográficos, documentais ou mesmo acervos museológicos tridimensionais. Em síntese, mais do que em instituições públicas, são nestas coleções particulares que se encontram os subsídios mais férteis para fundamentação teórica e documental de teses, dissertações e monografias relativas à Museologia.

 

 
Apresentação Mesa redonda 3: A institucionalização da Brasiliana de Maria Cecília e Paulo Geyer

Maurício Vicente Ferreira Jr.  
Museu Imperial

Currículo

 

 

Resumo: em construção

 

 

Conferência de Encerramento:  De minha casa para o mundo dos leitores: uma feliz transmissão de acervo
 

Conferencista: Tânia Bessone
UERJ / CNPq / Faperj

Currículo

   

Resumo: No Brasil, do final do século XIX e início do XX, a transmissão de acervos particulares para acervos públicos não era uma tradição, nem um hábito. No entanto, havia preocupação de estudiosos e homens de letras em preservar o que sabiam ser de grande valor e raridade para bibliotecas e arquivos. Nesse texto, apresento o caso de Francisco Ramos Paz, bibliófilo, que teve papel muito importante na consolidação de uma coleção particular que depois de sua morte foi doada à Biblioteca Nacional. Em toda essa negociação a figura do historiador Capistrano de Abreu se destaca como o grande responsável pela preservação de um acervo privado para o âmbito público. É sobre essa jornada de homens e livros, suas buscas e achados que tecerei minha fala. 

Voltar ao topoVoltar